carregando...
CNPJ:
LICENÇA

LEALDADE DO CONSUMIDOR CAI E MARCAS PRÓPRIAS GANHAM ESPAÇO.

Busca por preço e qualidade fez participação das marcas próprias crescer 17% nos últimos três anos, enquanto demais categorias avançaram 14,4%, segundo pesquisa da NielsenIQ

A pandemia mudou definitivamente os hábitos do consumidor, ou intensificou movimentos que já vinham acontecendo aos poucos - como a preferência por marcas próprias (ou private label), que de 2020 a 2022 cresceram 17% em participação no país, enquanto as demais categorias avançaram 14,4%.

Com o cenário econômico adverso dos últimos anos, e por serem até 30% mais baratos que os itens de marcas líderes (dado da retailtech Amicci), os produtos que levam o nome de supermercados, lojas, atacarejos e até farmácias no rótulo se tornaram uma das principais escolhas para continuar consumindo. 

Essa, e outras transformações no comportamento de consumo foram captadas por pesquisa da NielsenIQ apresentada na última quarta-feira (21), no Latam Retail Show, realizado na Capital paulista. 

O estudo identificou que, entre 2020 e 2022, houve redução de 11% na "lealdade" do consumidor às marcas de fabricantes de categorias mais básicas devido à renda pressionada e comprometida com o pagamento de dívidas. 

Apesar de alguns números positivos, como a taxa de desocupação no menor nível dos últimos 9 anos (8%) e inflação controlada, 78,5% das famílias estão endividadas, 29% têm contas atrasadas e 32% estão inadimplentes no cartão de crédito.

Outro recorte da pesquisa mostra que 56% dos consumidores dizem ter dinheiro só para consumo básico, moradia e alimentação, e 40% se consideram estáveis nas finanças, mas gastam com parcimônia. 

Sendo assim, o consumidor não hesita mais em trocar de canal de venda ou de loja, nem de trocar de marcas em busca de ofertas. De acordo com a pesquisa, 35% dos brasileiros escolhem o produto mais barato independentemente da marca, e 28% compram a que estiver em promoção. 

Outros 35% dos entrevistados também preferem comprar em loja de descontos, 41% substituem itens por opções mais em conta e 39% deixam de comprar certos produtos para focar no essencial.

Em síntese, o cenário de consumo é de cautela, e há uma busca cada vez maior do consumidor por ofertas. Por isso, o varejo precisa oferecer mais alternativas para ele continuar a consumir. 

"O brasileiro está menos leal às marcas - um cenário ideal para desenvolver marcas próprias", reforça Domenico Tremaroli, diretor do Retail Services Brasil da NielsenIQ, que apresentou a pesquisa. 

Fonte: Diário do Comércio

 

 

Publicada em 03 de Outubro de 2023